O coronavírus pode ter provocado um aumento considerável do número de adeptos ao trabalho remoto, mas está longe de ser o principal motivo pelo qual as pessoas e empresas adotam esse modelo.
Estudos apontam que hoje nos EUA são mais de 4 milhões de pessoas trabalhando remotamente por pelo menos metade do tempo. Esse número sofreu aumento de mais de 40% nos últimos cinco anos, e representa uma tendência.
O conceito de home office tem se tornado cada dia mais popular entre os trabalhadores, e a flexibilidade quando se trata do local do trabalho tornou-se uma demanda crescente.
A Pandemia e o Trabalho Remoto
A pandemia fez mais pela transformação digital em 60 dias do que qualquer um de nós poderíamos imaginar: àqueles que ainda tinham dúvidas e eram resistentes ao uso de plataformas digitais como forma de captação de clientes e vendas, foram obrigados a se inserir no meio digital.
E o mesmo aconteceu com as empresas que, por conta da quarentena e do movimento #FicaEmCasa, foram obrigados a adaptar o seu modelo de trabalho a um modelo de trabalho remoto.
No Brasil, esse modelo ainda é pouco difundido entre empresas mais tradicionais pois existe uma grande preocupação acerca dos níveis de produtividade dos funcionários no modelo de trabalho remoto. Mas os dados não corroboram essa preocupação.
A verdade é que existe uma quantidade grande de pesquisas que mostram que os funcionários são muitas vezes mais produtivos em casa do que em um ambiente corporativo.
As principais razões citadas para corroborar as respostas encontradas foram: menos distrações e interrupções de colegas; redução de estresse relacionado a necessidade de deslocamento (por exemplo, trânsito); e menos ruídos no ambiente de trabalho.
Será o Fim De Prédios Comerciais?
A crise pandêmica por conta do novo coronavírus fez necessário o isolamento da população como forma de conter a proliferação do vírus. Nesse sentido, o nosso lar ganhou novo significado, e as relações de trabalho no mundo também. Mas seria esse o fim dos tradicionais escritórios físicos?
Uma das grandes vantagens do modelo de trabalho remoto são os altos níveis de economia de dinheiro, tanto para empresas quanto para os funcionários.
Do lado dos empregadores, o número reduzido de pessoas no escritório representa uma diminuição dos custos gerais da empresa relativos à manutenção e operação. Além disso, viabiliza o acesso à contratação de mão de obra qualificada, independente de limites geográficos.
Já quando pensamos nos funcionários, além da economia com transporte, trabalhar em casa permite que essas pessoas façam suas refeições no lar, o que ajuda na redução de gastos. Isso sem contar com a eliminação daquele cafézinho da tarde que, ao final do ano, representa uma parcela significativa de gastos.
Do ponto de vista de qualidade de vida, o modelo de trabalho remoto também é responsável por minimizar o número de faltas dos funcionários e por aumentar os níveis de satisfação dos mesmos com relação ao trabalho realizado.
Arquitetura e o Trabalho Remoto
Esses são apenas alguns dados que tornam necessários uma reflexão importante sobre como certas mudanças de atitudes e hábitos podem impactar positivamente no ambiente de trabalho e também na economia de recursos.
Mas como essas mudanças irão impactar os arquitetos? Hoje em dia é cada vez mais comum encontrar ferramentas especializadas que contribuem para o compartilhamento de informações entre os envolvidos na obra.
Seja por meio da tecnologia BIM ou por meio do uso de softwares de gestão como o VEJA OBRA, essa mudança de comportamento da sociedade torna cada vez mais necessária a automatização de processos dentro da construção civil.
Como arquitetos e designers, essa transformação nas relações de trabalho terá consequências importantes na forma como serão desenvolvidos projetos de escritórios, e até mesmo podem resultar na criação de uma nova tipologia de projetos.
O que se sabe é que o modelo de trabalho remoto requer certa disciplina, mas quando bem estruturado, pode ser uma forma de aumentar a produtividade e qualidade de vida dos funcionários e de seus empregadores.
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